sábado, 4 de outubro de 2008

Cartola Ainda Reside Onde é Lembrado

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai

(Cartola / Elton Medeiros)

2 comentários:

Ana Carolina Aguiar disse...

Uma dor no peito. Uma lágrima caminhando pela face.
O desespero crescente explode com um suspiro do relógio.
Atrás da primeira, outras vêm correndo ao encontro dos lábios.
Então se jogam, todas, até o infinito, em um triste ócio.

Por que a saudade existe?
Por que, Deus, em sua magnífica criação,
permitiu ao homem, que tal sentimento fique
preso nos cantos mais obscuros de seu coração?

(...)

Enfim, Deus criou a saudade
para que soubéssemos que somos capazes
de com os outros nos importar e assim,
não nos trancássemos num mundo de pessoalidade.

A saudade existe para que saibamos como é doce a alegria do reencontro.
E possamos viver cada dia por si, agüentando tudo aquilo que nos enfraquece.
Mesmo que venham as lágrimas, mesmo que sintamos que precisamos do outro.
Ao final de tudo, a saudade está presente porque ela nos amadurece.

(Ana Carolina Aguiar)

disse...

Lindo, lindo, lindo!

Clap, clap, clap!